Tecnossolos como estratégia de transição para a Economia Circular


Tecnossolos como estratégia de transição para a Economia Circular

Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais – PPGCA da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC (2002 – atual).
Coordenador do Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, UNESC,
Pós-Doutor em Biologia da Conservação (UNESP/2011)
Dr. em Ciências pelo PPG-BOTÂNICA (UFRGS/2002)
Mestre em Ecologia pelo PPG-ECO (UFRGS/1989)
Licenciado Ciências Biológicas UNESC/1984)

Desenvolve estudos em Ecologia da Paisagem; Ecologia de Vertebrados; Restauração de Áreas Degradadas pela Mineração do Carvão com ênfase em Tecnossolos e biomagnificação de metais pesados.

PROF. DR. JAIRO JOSÉ ZOCCHE
PPGCA da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC   

RESUMO

A economia global está baseada no consumo de recursos minerais finitos e combustíveis fósseis, cujas demandas ainda vêm aumentando rapidamente e resultando em uma série de consequências ambientais. Nos últimos séculos, os humanos têm gerado em escala crescente volumes de resíduos sólidos urbanos, de minas, industriais e agroindustriais, equivalentes ao total de sedimentos transportados no mesmo intervalo de tempo por processos naturais. Esses volumes possuem características muito diferentes dos solos naturais e originam os chamados “antropossolos ou tecnossolos”, que são um novo grupo de solos artificiais, que se desenvolvem ou incluem misturas, contendo substratos não-tradicionais resultantes da intensa atividade técnica humana. Suas propriedades e pedogênese são definidas por sua origem técnica e pela presença grande quantidade de artefatos como resíduos sólidos de mineração e processamento mineral, entulhos da construção civil, resíduos industriais e agroindustriais, resíduos urbanos orgânicos e lodo de esgoto, ou material técnico duro como asfalto, concreto e camadas de pedras trabalhadas. Na palestra será apresentado estudo sobre tecnossolos construídos em áreas de mineração de carvão no sul de Santa Catarina e abordará as tendências mundiais no aproveitamento de resíduos sólidos da mineração, industriais, da construção civil, agroindustriais e urbanos para a construção de tecnossolos como alternativa à diminuição da quantidade de resíduos sólidos a serem encaminhados para depósitos controlados, aterros sanitários e industriais, como oportunidade de transformar resíduos em matéria-prima e, como alternativa para a transição para a Economia Circular.