Materiais geopoliméricos e sustentabilidade


Materiais geopoliméricos e sustentabilidade

Doutor em Ciência e Engenharia de Materiais (2020) pela Universidade Federal de Santa Catarina (PGMAT/UFSC) com período sanduíche no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC, Portugal). Possui graduação em Engenharia Ambiental (2013) e Sanitária (2021) pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais pela mesma instituição (2016). Atualmente trabalha com pesquisas nas áreas de valorização de resíduos sólidos industriais e materiais cimentícios. 

Lisandro Simão
Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

RESUMO

Geopolímeros são materiais resultantes de uma reação química exotérmica entre aluminosilicatos e ativadores alcalinos, processados em baixas temperaturas (<50 oC). Suas principais matérias-primas são metacaulim como fonte de aluminosilicatos, NaOH e silicato de sódio como ativadores alcalinos. Além destes materiais, resíduos sólidos industriais com características composicionais similares as matérias-primas comerciais têm sido utilizadas para compor o sistema ligante geopolimérico, principalmente cinzas e escória de alto forno. Inicialmente, os geopolímeros foram idealizados para substituir os tradicionais cimentos Portland, principalmente pelas suas excelentes propriedades mecânicas, refratariedade e menor impacto ambiental. No entanto, atualmente, os geopolímeros tem ganhado atenção em outras aplicações alternativas, como filtros e membranas para tratamentos de efluentes e suportes catalíticos. Nesta palestra, as principais características dos materiais, estrutura, processamento e diferentes aplicações destes cerâmicos quimicamente ligados serão abordadas com foco na sua sustentabilidade ambiental.