Estudos da Biofabricação de Tecidos Vascularizados


Estudos da Biofabricação de Tecidos Vascularizados

Juliana Kelmy Macário Barboza Daguano
Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer

Atualmente, é Coordenadora-geral de Projetos e Serviços do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas. Professora Associada do curso de graduação e orientadora do Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Federal do ABC (UFABC). Graduada em Engenharia Bioquímica (2006) pela Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo (EEL-USP). Realizou Doutorado Direto em Ciências de Materiais (2011) também pela EEL-USP, com projeto de caracterização de novos materiais para aplicação como substitutos ósseos, em colaboração com a Universidade de Aveiro/PT. Possui pós-doutorado no Laboratório de Materiais Vítreos da Universidade Federal de São Carlos (LaMaV-UFSCar), com ênfase no desenvolvimento de novos vitrocerâmicos com boa propriedade mecânica e alta biocompatibilidade. É pesquisadora no CTI Renato Archer, atuando no tema Biofabricação. Pesquisadora na área de Engenharia de Materiais, atuando no desenvolvimento, processamento e caracterização de Biomateriais e dispositivos biomédicos. Sua linha de pesquisa está focada em materiais para regeneração tecidual, tais como o desenvolvimento de materiais bioativos (vidros e vitrocerâmicos), compósitos biovidros/biopolímeros e avaliação mecânica e biológica de novos materiais. Ainda, novas tecnologias para biomodelos e tratamentos de doenças, como a bioimpressão 3D associada à biomateriais e laserterapia.

Resumo

A biofabricação de tecidos e órgãos com escalabilidade clinicamente relevante depende essencialmente da integração da rede vascular, a qual permitirá a vitalidade da estrutura construída. Apesar do grande progresso nas abordagens tradicionais de biofabricação, construir uma rede vascular hierárquica perfusível é um grande desafio. A bioimpressão é uma tecnologia emergente, mas que já tem demonstrado bons resultados, sendo utilizada para fabricar tecidos específicos devido à sua capacidade de criar estruturas heterocelulares complexas com precisão anatômica, o que é uma grande promessa na fabricação de tecidos vascularizados para uso em transplante. Embora avanços tenham ocorrido nessa área, a contribuição dos biomateriais cerâmicos ainda é um campo a ser amplamente explorado. Esse trabalho tem por objetivo fomentar novas ideias ao abordar o uso das principais modalidades de bioimpressão na biofabricação de tecidos vasculares, comparando seus pontos fortes e limitações. Ainda, considerações a respeito da extrudabilidade para bioimpressão de tecidos serão discutidas. Por fim, serão introduzidas as estratégias atuais para melhorar as propriedades físicas das biotintas e as aplicações e efeitos das atuais biotintas baseadas em extrusão na vascularização e regeneração de tecidos, bem como os desafios e perspectivas futuras.