Desenvolvimento de novos materiais bioativos a base de lítio


Desenvolvimento de novos materiais bioativos a base de lítio

Possui Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina com período de estágio no exterior realizado no Instituto de Cerámica y Vidrio (Madri - Espanha)(2016). Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina (2013). Graduação em Tecnologia em Cerâmica pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2010). Estágio pós-doutoral em Engenharia de Minas, Metalúrgica e Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é docente permanente do Programa de Pós Graduação da Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM) e docente dos cursos de Engenharia e Farmácia na Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Desenvolve pesquisas voltadas para biomateriais, materiais vítreos e vitrocerâmicos, processamento coloidal e síntese de nanoestruturas para diferentes aplicações. É editora executiva de área (Materiais) do periódico Tecnologia em Metalurgia, Materiais e Mineração e editora associada da revista Cerâmica Industrial. É membro da Associação Brasileira de Cerâmica.

Sabrina Arcaro
Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC)

Resumo

O vidro e a vitrocerâmica bioativa podem ser utilizados em diversas aplicações. Foram os primeiros materiais capazes de se ligar ao tecido vivo sem serem isolados em uma cápsula de colágeno. Nessa classe, materiais que não são apenas inertes e capazes de sobreviver dentro do corpo humano sem serem tóxicos ou degradados, mas que também podem desempenhar um papel ativo nos processos de cicatrização tecidual têm sido explorados. Podem ser usados em aplicações onde o crescimento ósseo é necessário ou como revestimentos bioativos em um procedimento como implantes onde é necessária uma boa adesão osso/biomaterial. No caso de corpos porosos, os materiais devem ter uma estrutura macroporosa interligada para permitir a adequada difusão de nutrientes e células por todo o material, favorecendo a deposição tecidual não apenas na linha de contorno do defeito, mas também nas áreas centrais onde o material é implantado. Além disso, devem apresentar propriedades mecânicas que possam suportar a deposição de tecido em sua estrutura. Melhor estrutura e composição química dos materiais melhoram as perspectivas de aplicação em soluções de engenharia tecidual. Assim, novas estratégias no desenvolvimento de materiais bioativos representam uma base biomaterial promissora para induzir a regeneração óssea desejável. Os vidros e vitrocerâmicas do sistema LZS (Li2O-ZrO2-SiO2) são interessantes quanto às suas propriedades mecânicas, elétricas e térmicas. Nosso grupo de pesquisa tem se dedicado a avaliar sua bioatividade, citotoxicidade, dissolução, capacidade de inibir e evitar a proliferação de bactérias, bem como a obtenção de scaffolds a partir desta composição. Os resultados mostram que o sistema em estudo é muito promissor para uma aplicação medicinal que requer bioatividade e/ou biocompatibilidade para regeneração óssea em particular para regenerar pequenos defeitos ósseos em situações em que há preocupação com proliferação de bactérias.