Fibrocimento sem amianto, o material que se renova. Das telhas onduladas e caixas d’água à construção industrializada.

Fibrocimento sem amianto, o material que se renova. Das telhas onduladas e caixas d’água à construção industrializada.

Sergio Ikai
ANF

Geólogo pelo Instituto de Geociências da Universidade São Paulo com Mestrado em Tecnologia Cerâmica pela Universidade de Sheffield, Reino Unido. Foi pesquisador e gerente de P,D & Inovação na Saint-Gobain do Brasil Produtos Industriais e para Construção Ltda. – Divisão Brasilit onde participou do Projeto de substituição do amianto e conversão das linhas de produção à nova tecnologia de fios sintéticos.

Teve passagens na área de Aplicações e Assistência Técnica da Alcoa – Divisão Produtos Químicos para Industrias de Refratários, Cerâmica, Vidro e Plásticos, na área de P&D da IBAR – Indústria Brasileira de Artigos Refratários S.A e Departamento de Ensaios Físico-químicos da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland.

Atualmente é Coordenador Técnico e de Sustentabilidade da Associação Nacional do Fibrocimento, atua como Consultor Técnico junto à empresas do Setor, participante de Comissões de Normas Técnicas da ABNT do CB -18 e CB- 51 e membro da Coordenação do Programa de Avaliação da Qualidade de Telhas de Fibrocimento Sem Amianto.

Resumo

O Fibrocimento basicamente é um compósito cimentícios reforçado com fibras minerais, orgânicas e sintéticas. Originalmente desenvolvido a partir de uma mistura de cimento e fibras de amianto com registros que data do fim do século XIX na Alemanha como telhas incombustíveis, teve um grande impulso tecnológico do austríaco Ludwig Hatschek que desenvolveu o processo de fabricação HATSCHEK, em sua homenagem ainda no final do sec. XIX.

As telhas onduladas e placas cimentícias com amianto teve um impulso e foi largamente utilizada no período de guerra na Europa por ser um material de baixo custo que permitia a rápida construção de postos de comando, hangares, depósitos e hospitais. Trata-se de um produto encontrado em muitos países do mundo.

Atualmente proibido o uso em 56 países, os produtos de fibrocimento sem amianto tem grande participação no mercado de coberturas no Brasil e vem se expandido como sistema de construção metálica LSF – “Light Steel Frame” em mercados de “retrofit” de fachadas e novas construções com sistemas industrializados, devido a suas características de durabilidade, rapidez de construção com reduzido índice de perdas e compatibilidade com os materiais de acabamento.